Moçambique não é país 😢🇲🇿
🚨 #ÚLTIMA_HORA: MOÇAMBIQUE VAI ENDIVIDAR-SE PARA COBRIR DÉFICE DE 113 MIL MILHÕES DE METICAIS
Moçambique prepara-se para enfrentar mais um ciclo de endividamento pesado. De acordo com projecções apresentadas no âmbito da proposta do Orçamento do Estado, o Governo prevê contrair nova dívida pública para cobrir um défice colossal estimado em 113,4 mil milhões de meticais.
Este valor expõe, mais uma vez, a fragilidade das contas públicas num contexto em que as receitas internas continuam insuficientes, a despesa aumenta e o país navega entre crises sociais, económicas e institucionais.
Segundo o documento, o défice resulta da combinação entre a queda de receitas fiscais, aumento dos custos operacionais do Estado, financiamento de sectores prioritários e obrigações que continuam a crescer a um ritmo superior à capacidade produtiva nacional. Assim, para garantir o funcionamento do aparelho do Estado, o Governo volta a escolher o caminho do endividamento — uma rota que especialistas têm classificado como insustentável a médio prazo.
Analistas económicos alertam que este movimento poderá empurrar Moçambique para um quadro ainda mais delicado, lembrando que a dívida pública já consome grande parte do espaço orçamental e limita investimentos em áreas vitais como saúde, educação e infra-estruturas. Com a economia ainda a recuperar dos efeitos das calamidades naturais, instabilidade no norte e limitações na produção interna, o risco de sobreendividamento torna-se um tema cada vez mais central no debate nacional.
O dilema é claro: sem financiamento externo, o Estado não cobre as despesas; com ele, aumenta a pressão sobre gerações futuras e reduz-se a margem de manobra financeira do país. A necessidade de reformas estruturais, maior eficiência na gestão pública e combate decidido à corrupção volta a ser enfatizada por observadores que temem que Moçambique esteja a entrar num ciclo vicioso difícil de reverter.
Para já, a proposta de Orçamento segue para apreciação, numa altura em que a sociedade civil e diversos actores económicos pedem mais transparência, rigor e explicação clara sobre o verdadeiro impacto dessa nova dívida no quotidiano dos cidadãos.

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